No começo éramos cinco estranhas e teríamos que cuidar e educar do tesouro mais raro e precioso de cada mãe e de cada avó. O desafio era grande, nossa equipe, formada por servidoras praticamente recém empossadas e desenvolvendo o trabalho em um lugar onde estruturalmente não tinha e não tem nenhum atrativo, lidando com pequenos seres humanos com seus hábitos e costumes trazidos do seio familiar, não vamos negar, foi difícil, tínhamos o papel de adaptar todas as crianças para que juntas aprendessem a conviver conosco e com os novos amiguinhos (as), e com muita dedicação e carinho fizemos do nosso espaço um lugar feliz e saudável para todos.
Tivemos muitas comemorações: o Dia do Índio, a Páscoa e o dia das mães... Como imaginar um aluninho que ainda não chegar aos seus três aninhos, iria surpreendera todos nós cantando ao microfone o trecho da música ensaiada para tal evento, levando as lágrimas as tias, as mães e a avó? Percebemos naquele momento a confiança que cada uma de vocês mamães e vovós nos depositaram e que ali começávamos a colher os frutos. Veio a festa folclórica e percebemos a participação maciça de todas vocês, o dia dos pais, a comemoração da primavera... Então veio o inesperado, tudo arquitetado no mais absoluto sigilo, o dia do mestre, onde todas nós fomos “pegas” de surpresa. A direção estava ciente de tudo, e como cúmplices que eram, pediram ao pessoal do primeiro horário que ficasse até mais tarde, e o pessoal do segundo horário que antecipassem as tarefas programadas para aquele horário, pois teríamos que fazer um trabalho eu surgira repentinamente. Percebemos uma movimentação diferente naquele dia, fomos levada até o refeitório, sem as “nossas” crianças e pediram-nos que aguardássemos, pois a sala estava sendo preparada para a “tal” tarefa. Ao entrarmos na sala qual foi nossa surpresa, e que surpresa!!! Uma festa para todas nós, com direito a bolo, doce, refrigerante, cachorro quente e o melhor de todos os presentes, o gesto carinhoso que nos levou as lágrimas, as palavras pronunciadas e escritas de gratidão e admiração por nosso trabalho, que aos olhos da grande maioria, está sendo feito com dedicação e amor.
O que dizer diante de tamanha demonstração de confiança e respeito? Não inventaram a palavra capaz de expressar o que sentimos nem outra maneira de agradecer, então, aí vai...
Muito Obrigada!!!
(cinco vezes)
Como não sentir prazer em ler um relato destes? Como não se emocionar com as palavras de quem é sincera e consegue detalhar tão bem esses momentos vividos dentro do EDI Renan? Silvia, amei! Meninas e meninos da Renan, obrigada pelo trabalho, pelo carinho e pela dedicação que doam diariamente as crianças. Agradeço a Deus por ter vocês! Obrigada, cinco vezes!!
ResponderExcluirSilvia, fiquei muito surpresa e muito feliz ao ler seu relato. Foi bom ter acesso ao seu "outro lado". Emocionante, sincero, singelo. Me identifiquei em muitos aspectos com suas palavras... Gostaria muito de vê-la aqui por mais vezes. Parabéns! Abraços!
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