terça-feira, 16 de outubro de 2012

Como prever o inesperado?

Por Silvia Vasconcellos, AAC - EI 41




     No começo éramos cinco estranhas e teríamos que cuidar e educar do tesouro mais raro e precioso de cada mãe e de cada avó. O desafio era grande, nossa equipe, formada por servidoras praticamente recém empossadas e desenvolvendo o trabalho em um lugar onde estruturalmente não tinha e não tem nenhum atrativo, lidando com pequenos seres humanos com seus hábitos e costumes trazidos do seio familiar, não vamos negar, foi difícil, tínhamos o papel de adaptar todas as crianças para que juntas aprendessem a conviver conosco e com os novos amiguinhos (as), e com muita dedicação e carinho fizemos do nosso espaço um lugar feliz e saudável para todos.

   Tivemos muitas comemorações: o Dia do Índio, a Páscoa e o dia das mães... Como imaginar um aluninho que ainda não chegar aos seus três aninhos, iria surpreendera todos nós cantando ao microfone o trecho da música ensaiada para tal evento, levando as lágrimas as tias, as mães e a avó? Percebemos naquele momento a confiança que cada uma de vocês mamães e vovós nos depositaram e que ali começávamos a colher os frutos. Veio a festa folclórica e percebemos a participação maciça de todas vocês, o dia dos pais, a comemoração da primavera... Então veio o inesperado, tudo arquitetado no mais absoluto sigilo, o dia do mestre, onde todas nós fomos “pegas” de surpresa. A direção estava ciente de tudo, e como cúmplices que eram, pediram ao pessoal do primeiro horário que ficasse até mais tarde, e o pessoal do segundo horário que antecipassem as tarefas programadas para aquele horário, pois teríamos que fazer um trabalho eu surgira repentinamente. Percebemos uma movimentação diferente naquele dia, fomos levada até o refeitório, sem as “nossas” crianças e pediram-nos que aguardássemos, pois a sala estava sendo preparada para a “tal” tarefa. Ao entrarmos na sala qual foi nossa surpresa, e que surpresa!!! Uma festa para todas nós, com direito a bolo, doce, refrigerante, cachorro quente e o melhor de todos os presentes, o gesto carinhoso que nos levou as lágrimas, as palavras pronunciadas e escritas de gratidão e admiração por nosso trabalho, que aos olhos da grande maioria, está sendo feito com dedicação e amor.


   O que dizer diante de tamanha demonstração de confiança e respeito? Não inventaram a palavra capaz de expressar o que sentimos nem outra maneira de agradecer, então, aí vai...


Muito Obrigada!!! 
(cinco vezes)

2 comentários:

  1. Como não sentir prazer em ler um relato destes? Como não se emocionar com as palavras de quem é sincera e consegue detalhar tão bem esses momentos vividos dentro do EDI Renan? Silvia, amei! Meninas e meninos da Renan, obrigada pelo trabalho, pelo carinho e pela dedicação que doam diariamente as crianças. Agradeço a Deus por ter vocês! Obrigada, cinco vezes!!

    ResponderExcluir
  2. Silvia, fiquei muito surpresa e muito feliz ao ler seu relato. Foi bom ter acesso ao seu "outro lado". Emocionante, sincero, singelo. Me identifiquei em muitos aspectos com suas palavras... Gostaria muito de vê-la aqui por mais vezes. Parabéns! Abraços!

    ResponderExcluir